quarta-feira, 19 de março de 2008

Sonnet - The Verve [às 03:07 - sem direitos autorais]

Eduarda diz:
que música de bailinho.
Eduarda diz:
legal.
Eduarda diz:
tipo daquelas cenas...
Eduarda diz:
err... quer dançar?
Eduarda diz:
aí eles saem pra pista e vão dançar desajeitados.
Eduarda diz:
hahahaha
Eduarda diz:
ah, que legal.
Eduarda diz:
eu gostei.
Eduarda diz:
tá vendo.
Eduarda diz:
eu tô melosa.
Eduarda diz:
que merda.
Eduarda diz:
eu deveria achar horrível e ir escutar misfits.
Eduarda diz:
então vou dar um final drielístico para essa história do bailinho:
Eduarda diz:
eles dançam, o cara escorrega
Eduarda diz:
cai de qualquer jeito
Eduarda diz:
fratura a perna
Eduarda diz:
dá fratura exposta
Eduarda diz:
a menina fica chocada
Eduarda diz:
porque espirra sangue no vestido cor-de-rosa dela.
Eduarda diz:
e ela sai correndo pelo salão
Eduarda diz:
chega na rua e é atropelada.
Eduarda diz:
os dois ficam no mesmo hospital, mas resolvem não se falar nunca mais por achar que dão azar um pro outro.
Eduarda diz:
fim.
Eduarda diz:
eis o clipe da música.

terça-feira, 18 de março de 2008

O chá do "não-vou-amar-de-manhã"

Funciona da seguinte maneira:

Você pensa em todas as decepções amorosas que teve desde criança, todas cronometricamente lembradas.

Vejamos.

Quando eu estava no pré tinha um garoto que gostava de mim. Nós tomamos inalação juntos, mas não passou disso e algumas brincadeiras com os carrinhos dele.
Primeira série - Tinha um garoto no colégio chamado João. Ele era mais velho, estava na quarta série. Lindinho. Filho de uma professora. Claro, como sempre eu nunca falei com o menino.
[bloqueio das séries seguintes]
Quinta série - Fiquei apaixonada por um cara esquisito de cabelo comprido e pentelho. Claro, não falava com ele. Segue-se o fato por... 5 anos.
Sexta série - Nas brincadeiras da rua eu conheci um garoto que brincava de esconde-esconde com a gente. Ele tinha um apelido bizarro na escola. Foi o primeiro beijo que eu dei, brincando de esconde-esconde e claro, uma super-mega-ultra decepção depois.
Sétima série - Não lembro de nada marcante nessa época.
Oitava série - Ah, segue ainda o fato da quinta série.

Primeiro colegial - Aí tem diferença. O fato da quinta série vira quase que um constante problema, afinal eu não era nada comunicativa nessa questão. Eis que, bela tarde eu conheci um cara que tocava guitarra. E ele era legal. Ainda é.
Segundo colegial - É, chegando na metade do ensino médio eu devo confessar que houveram algumas zicas amorosas. O cara da guitarra ainda era legal, mas não fazia mais tanta diferença. Aí apareceu o cara do Baixo. E ainda tem a segunda parte do cara do Baixo. Aguarde.
Terceiro colegial - É quase um retorno do Jason. Quando você pensa que as pessoas morreram ou algo do tipo... Elas voltam. E voltou. O cara da guitarra voltou e o cara da quinta série também.
O cara da guitarra me causou muitos problemas, mas também me causou várias felicidades.
O cara da quinta série, finalmente, conseguimos conversar, ou quase isso.

Depois disso, apareceram algumas pessoas estranhas por aí, um cara da língua presa e dos olhos mais bonitos que eu já vi.
O cara mais doce e inocente que eu conheci no colégio que roubava flores pra me fazer feliz de madrugada.
Um outro por aí que tinha cara de mal, mas tentava agradar de alguma forma.
O baixista que não é mais baixista, que roubava meu violoncelo, ficava bravo comigo, que olhava pra mim do jeito mais especial possível e que tinha o ombro perfeito para se deitar e dormir.
O cara complexo das duas visitas, da história, da tatuagem, do violoncelo.

[depois de todo esse relato, você pára, pensa, e vê que tudo isso não faz mais sentido, que mais nada disso existe, toma um chá e finge que não existe amor]

Faça isso todos os dias. Sem intervalos. Durante meses.

Funciona.

Eu tento.

segunda-feira, 17 de março de 2008

[o que significa sonhar com travesti?]

O telefone toca e... Não, não é pra mim. Novidade.
Era de algum lugar procurando alguém. E eu sempre digo "moça, eu sou empregada aqui".
Eles desligam quase que imediatamente. Que horror.

Eu sonhei com um travesti hoje. Um travesti que se montava para trabalhar na lanchonete.
E se vestia como homem para ir ao supermercado.
[existiam coisas mais bizarras nesse meu sonho, mas eu não me lembro agora]

O que teremos de especial na vida hoje?
- Pegar o prelúdio e estudar em notas ligadas de 4 e de 8.


Minha mãe quer ser uma grande filha da puta. [mas depende muito da situação, claro]

E eu quero ser.

"Alô, Dona Maria?"

domingo, 16 de março de 2008

Final de semana de refém.
Em um cativeiro mais que agradável. Engraçado. Já dá pra sentir saudades.
Saudades de tudo, exatamente tudo, menos das faltas de roupa e das coisas que me faziam parar de pensar por minutos.

Quando a gente volta e vê que está tudo do mesmo jeito, toma aquele susto:

Ir para o Inferno, para o Cinza ou para o Norte?

É impossível dizer que nada assusta. São nomes, são idéias. Mas são coisas imensas. Que mudam o curso de uma vida inteira. E nada de exageros. Exageros são passionais. E neste caso a passionalidade chega em último lugar.

Depois de um tempo andando pelos canais, tentando explicar o inexplicável e vendo o quanto as pessoas se sentem bem em estarem apaixonadas e principalmente na expectativa de que algo aconteça no cinema, tudo começa a fazer um outro sentido: Eu não me apaixono mais.

Estranho. Curioso e algumas outras coisas.

Lendo umas cartas minhas que pareciam um roteiro de filme com direito a extras, eu vi que havia alguém completamente apaixonada antigamente. Terceiro ano. 2005. Tanta coisa acontecendo e tantas pessoas fazendo diferença.

Hoje o que resta é a conversa até o dia clarear. Mas acho que é uma das únicas coisas que ainda valem a pena.

Valendo pelo frio na barriga pela espera em vão e pela confirmação de que certas conversas não fazem mais sentido nenhum.

É.

quinta-feira, 13 de março de 2008

[sono, cansada e com sono, outra vez]

Antiga noite de ontem - Meu sono e minha noite estranha e má (má noite para cama e almofadas)

[O dia passado de hoje]

Tomei uma bela chuva no pé. Quase perdi os sapatos vermelhos.
Ganhei uma tarde cinza, uma situação cinza.
Sentar e desenhar: é o melhor que pode ser feito nesse tipo de situação chuvosa e decepcionante.

Pois eis que desenhei uma pseudo-família de Ets. Sem coloração. [ainda]

[eu quero fazer tudo beeeeeeeeem verde, bastante verde, extremamente verde. tá, pronto, chega de verde]

E no final de tudo isso volta-se para a senhora-vida-cor-de-rosa?

[Não. Compra-se um guarda-chuva amarelo.]
Eu preciso aprender a jogar paciência.


TV - às 10:00hs da manhã:

"Eu perdi a garota, perdi a aposta, perdi tudo e agora? O que tem mais para perder?"

Bela estimativa para a criança. Eu lembro que uma época atrás, quando eu lidava com gente pequena,(aquelas que não são anões) certo dia me perguntaram se "duengues" e "gnomidus" existiam.
Eu disse que se eles quisessem que existisse, existiriam. [o assassinato da gramática]
As meninas acreditaram. Os meninos, não, claro.

Se os meninos são mais racionais (MC's - cretinagem, sempre) e as meninas não, porque então elas amadurecem mais cedo que eles? ( ... )

Complexo.

Algumas coisas complexas são simples demais, no final das contas. Outras continuam eternamente complexas e eu não me importo.
Na verdade o melhor a se fazer nestes E neste caso é fazer como todo o resto: deixar.

[não quero mais esse barulho na minha janela, porra]
[agradecimento aleatório para o cara do Barco Voador, pelo balde extra de realidade, que no final das contas faz bem]
[eu quero ver Sonata de Outono e não poooooooooooooooosso]

terça-feira, 11 de março de 2008

As 12:00 das 6:00.

Se o mal todo fosse não escutar música alguma. Hmm.
Ontem a noite eu li um atestado de "Ida" e arrumei as fotos 3x4 que eu tinha na minha carteira.
São 4 fotos ao total, excluíndo as minhas, claro. Fiquei olhando para elas e dei risada por alguns minutos. Me provocaram saudades. Uma em especial me provocou uma sensação de saudade e de perplexidade. Eu tinha esquecido do rosto dela.
Eu geralmente esqueço dos rostos das pessoas depois de algum tempo que eu fico sem vê-las. Eu lembro de tudo, da físionomia, da voz, menos do rosto.
Será que daqui a algum tempo eu vou ter lembranças de pessoas sem rosto nas minhas memórias?
Só vozes, cheiros e abraços. Nada mais.

A primeira suíte tá quase pronta. Quem se importa? Talvez eu grave depois e escute antes de dormir.

Quando eu era pequenininha eu pedia para a Vó contar histórias antes de dormir. Pobre.
" - Era uma vez a Branca de Neve. A Branca de Neve era uma moça muito bonita que vivia com a rainha no castelo limpando e... fazendo pudim amanhã..."
"- Vó! A história não é assim! Começa denovo!"

Eu trocaria qualquer coisa que eu tenho hoje pra viver isso de novo. Trocaria.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Um ponto - .

Um ponto - .


Eu revirei seriamente as gavetas por aqui, mas o que eu queria ter encontrado já devolvi - E agora?

- Já xinguei, também. Mas ninguém se atreveu a devolver. Era tão importante que tinha até moldura própria. Quantas coisas eu fiz que ganharam molduras? - Certo. Essa dá pra pular.

- Agora só resta escutar a mesma música o dia inteiro, correr pela casa atrás do monstrinho querido e esperar até que a moldura volte ou que eu encontre o verso perdido na gaveta.